opera di Victor Vasarely
Cosmogonie – Narlan MatosTra questi due numeretti cardinali
Stanno infiniti numeri
L’intero sistema solare... più io
I libri allineati, uno dopo l’altro
Sugli scaffali lunghi di questa biblioteca
Sembrano comporre un altro libro, su un
Altro piano, in altre sfumature
In tutto c’è un passaggio che dà
su qualcos’altro
cosa dentro cosa
fondo senza fondo
Il mio gatto mi si avvicina, leggero
Come un gatto
mi lecca le gambe
Con uno sguardo blu felino mi indaga
Milioni di universi si incastrano
Negli spazi lasciati da altri
E formano immagini
E formano miraggi
E formano strani linguaggi
Come la lingua dei Bulgari che terrorizzavano
L’Europa secoli e secoli fa
Osservando queste formichine qui
Camminare lente sul ramo del pesco
Dirigersi cieche alla pesca
Che è maturata
Senza chiedermi niente
Mi chiedo quando tutto questo
Ci starà dentro di me.
Trad. Giorgio Mobili
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Cosmogonias
Entre esses dois numerosinhos cardinais
Cabem infinitos números
O sistema solar inteiro ... e mais eu
Os livros enfileirados, um após o outro
Nas prateleiras longas desta biblioteca
Parecem compor um outro livro, num
Outro plano, noutras nuances
Em tudo há uma passagem que vai dar
em outra coisa
coisa dentro de coisa
fundo sem fundo
Meu gato se aproxima de mim, leve
Feito um gato
lambe minhas pernas
Com um olhar felino azul me indaga
Milhões de universos se encaixam
Nos espaços que outros deixam
E formam imagens
E formam miragens
E formam estranhas linguagens
Como a língua dos Búlgaros que aterrorizavam
A Europa há séculos e séculos atrás
Observando estas formiguinhas aqui
Caminhando lentas no galho do Pessegueiro
Indo em direção cega ao pêssego
Que amadureceu
Sem me perguntarem nada
Me pergunto quando é que isso tudo
Vai caber em mim
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